Ah... a toca do coelho branco...
Acho que escorreguei... (meio que de propósito, já que eu estava mesmo à procura do coelho) Mas quem poderia imaginar que fosse um abismo tão fundo?
E agora, enquanto caio vertiginosamente, vejo passarem por mim as imagens de uma vida inteira... de sonhos... medos, desejos, conquistas e frustrações. Passo por elas tão rápido que quando o pensamento tenta acompanhar... o raciocínio se perde... completamente.
Por um segundo, tudo faz sentido... e no momento seguinte, nada mais importa.
Por vezes é o medo que me toma conta... e os calafrios e a vertigem alimentam longos segundos de ânsia e pavor.
Mas depois a mente se acalma... respiro fundo... e quando escuto o barulho do vento, abro os olhos e vejo que estou voando.
Voando!..... E percebo que voar é compreender a ausência de peso... a mente vazia.... sentir o ar, o sol,... a imensidão.
Agora é preciso manter a lucidez... e aprender a voar sozinha.
Mas... conseguirei antes de chegar ao fundo?
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