Hoje me lembrei do Kundera. Porque pensei muito sobre peso e leveza.
Acabo de acordar de um sonho muito longo. Um sonho de anos.
O corpo está mais leve, sim. Mas a mente também. E não só... mas existe também a sensação do “estar suspenso”. É o limiar entre o abrir os olhos e o despertar completo. Calculo agora que, pelo tempo de duração do sonho, essa fase pode se estender por alguns dias. Devo aproveitar ao máximo a minha estadia no limbo. Porque tudo o que é leve, é mágico e interessante. E leve será a minha existência a partir de hoje. Tão leve... que me permitirei voar em certos momentos.
Mas enquanto deslizo por esse mundo vago, percebo também as coisas que são incrivelmente pesadas. E chega a ser triste descobrir que pessoas que prometem tanto... podem tornar-se completamente decepcionantes. Acho um pouco difícil entender o que leva a isso. É bem provável que tenha algo a ver com aquela história (bem verdadeira) sobre “o medo” e “a preguiça”. Que transforma potenciais seres humanos em números. E certamente também tem a ver com o egoísmo. Aquela doença dos que ainda não perceberam que o “estar só” é uma ilusão.
Mas apesar de tudo... eu sempre me pergunto: “Mas e a arte? Onde está? E o amor?”... E eu os vejo bem na minha frente... E por todos os lados. Ao alcance daqueles que (como eu) desejam loucamente abraça-los. Loucamente... porque definitivamente... são os poderes que irão nos guiar.
KST